A eutanásia involuntária seria ainda “mais imoral” caso os que retirassem a vida ao doente o fizessem por interesse, como por exemplo ganhar uma herança, pelo facto de o doente ser um fardo/obstáculo (ainda mais porque ele nem sequer consentiu que lhe retirassem a vida) ou por não quererem também sofrer mais por vê-lo assim.
Este tipo de eutanásia poderia ser então considerado como uma espécie de homicídio, o que lhe confere então um carácter imoral. Não é legal porque matámos, muito menos moral porque foi por interesse e não por dever, pois o dever é preservar a vida. Por outro lado, se alguém retirar a vida ao doente por não querer que ele sofra, apesar de ele não querer morrer, já não é tão imoral, mas não deixa de o ser, pelo “não-cumprimento” do dever, pelo desrespeito da vontade do doente, e por interesse (ajudar o doente, tirando-lhe o sofrimento, talvez porque gostamos dele).